sábado, 7 de novembro de 2015

Um oponente




Como disse Renato Russo na música: "Quem inventou o amor, me explica por favor".  Como também no desenho animado Frozen, quando o personagem de um boneco de neve chamado Olaf ,  vivia dizendo:  "que gostava de abraços quentinhos". Mal sabia ele que se alguém o abraçasse dessa forma, o derreteria. A maior prova que o amor pode  manifestar-se de várias formas e, às vezes, nós nem o percebemos o quanto esse sentimento está presente nos nossos dias rotineiros.



Mas, nós insistimos erroneamente em colocar o amor só na posição de um casal. Esquecemos que, apesar de todo esse sentimento que nos deixa de mãos vazias e pés descalços, ele existe além da nossa própria existência. Esquecemos que, mesmo nos  fazendo de vítima desse sentimento, o primeiro a receber amor somos nós. 

 Sem  amor eu não estaria aqui sentada escrevendo esse texto para vocês. O amor não se resume somente entre o entrelaçamento de um homem e uma mulher, de duas mulheres ou dois homens. Ele vai além. Está presente nas famílias, nos tios, pais, avós, sobrinhos, nas relações entre amigos, na natureza, ele está presente na gastronomia, na arte, na poesia, na religião, na matemática, nos romances, na faculdade que te impulsiona, está presente até nos administradores sérios e engravatados. Essa energia boa que nunca se acaba, só se expande cada vez mais e automaticamente é uma experiência de autoconhecimento.

Esquecemos de falar desse sentimento que já até virou piegas. A moda, agora, são paixões como vulcões em erupção, aquelas que fazem muito barulho. Amor morno, leve, calmo, ninguém quer. Todo mundo quer  arriscar-se para o novo. A paixão é a melhor escolha. Pode parecer clichê e romance barato que se vende na livraria da esquina, porém uma coisa temos que concordar: sem amor nada seríamos. Ele nos impulsiona, ele que nos faz delirar da loucura e o barulho incompreensível que se chama vida.

Uma vez li em algum lugar que o melhor oponente da morte não seria a vida, e, sim, o amor. Eu concordo com as palavras, pois é algo que não podemos abrir mão. A vida em si não teria significado algum se não tivermos amor para oferecer e receber do próximo.  Que sejamos embriagados desse amor constantemente, e azar se parecemos "démodé".


Publicado originalmente no Jornal: A novidade em 06/11/2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita. Volte sempre!