sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Somos quem podemos ser



Quem somos nós? Algum dia todo mundo já se fez essa pergunta. Alguém por acaso já conseguiu uma resposta concreta sobre tal questionamento. Não. Porém, tentamos a vida inteira sermos pessoas melhores. Podemos nos intitular de uma maneira e se vê de uma forma totalmente diferente que as outras pessoas estão acostumadas a nos ver.  Na realidade pode ser cruel, pois os que lhe rodeiam podem saber mais sobre sua personalidade do que você pensa. 



Queremos sempre ser a pessoa mais legal do mundo, curtir um rock dos anos oitenta, só comer comida saudável, gostar de vestir preto e ficar admirando os quadros de Monet. Imaginamos que nosso gosto por cor, música, arte e comida podem nos fazer diferente dos outros.  Quase sempre isso nos confunde de muitas maneiras. Queremos mostrar uma imagem legal para ser aceita em um mundo cada vez mais maluco.   
“Somos quem podemos ser”, já dizia a música.  Mesmo nas dificuldades descobrimos nossa força quanto às diversidades da vida. Isso depende muito do ponto de vista de cada pessoa, das suas perspectivas e do modo que ela se comporta e enfrenta a vida.  A gente é o que é. Sempre tentando justificar nossos erros, por medo e também por nossa própria defesa. Pare de se preocupar o que os outros irão pensar. Se precisar, extravase um pouco. Oras, erre e deixe de bobagem. Que mal há nisso! 

É clichê, mas dizem por aí que somos tudo que absorvemos do mundo. Somos as experiências que tivemos, os sonhos que realizamos, as músicas que escutamos, os livros que lemos, até as pessoas que conhecemos podem ter influência no nosso modo de ser. Somos um emaranhado de coisas que levamos para a vida, que a qualquer momento pode ser remexido, reinventado de todas as maneiras possíveis e imagináveis. 

Mas sabe de uma coisa: queremos ser notados, acolhidos, amados e sentidos. Talvez esse seja o grande propósito de nossa existência.

 De alguma forma não queremos ser esquecidos, e, sim, lembrados por pessoas que conviveram conosco, lembranças perdidas na infância, ou em algum momento especial de nossas vidas. Por isso, não há diferença entre você e a moça do café, somos todos iguais, somos apenas nós, tentando descobrir quem somos de verdade.

Se alguém lhe perguntasse o que você gostaria de ser, qual seria a sua resposta? Eu seria um livro de páginas amareladas em alguma prateleira, esperando ser aberto e descoberto. 

Publicado originalmente em 09/10/2015 em Jornal A Novidade.

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