sábado, 27 de dezembro de 2014

Apenas um texto!


 Bom, o meu primeiro texto saiu no jornal Os Dias. Êêêêêêêê! O Gabriel me pediu para que a lesada que vos fala escrevesse sobre uma moça cadeirante chamada Bruna Priscila Pfleger que leva seu nome na Plataforma Elevatória construída no prédio da Câmara de Vereadores da cidade de São João Batista.
  Eu sei que são apenas 800 caracteres, porém pra mim é um passo muito importante. O blog é só um diário onde escrevo o que penso, meus anseios, esperanças, medos, acessibilidade, e principalmente sobre a vida. Sair no jornal é uma rodada mais importante, algo mais formal. Então!!!!! Sai no Jornal.
      Bom, quando recebi o realese e comecei a ler, nossa, que história emocionante, fiquei com medo de que minhas palavras não alcançassem o que as pessoas esperavam. No primeiro momento eu até pensei em não escrever, pois tinha pouco tempo e não saberia se iria ficar um texto legal. A noite me deitei e fiquei pensando, então resolvi levantar, peguei o notbook e comecei a escrever. Li o realese umas 5 ou 6 vezes e também entrei no facebook da menina. Eu acho que ver ela me inspirou, os depoimentos dos amigos, da família, fotos, textos, tudo que ela pensou um dia estava lá..Todos nós temos medo de ser esquecidos, é natural do ser humano, queremos sempre ser lembrado por algo extraordinário, mas acho isso besteira, todos nós já somos seres magníficos, só de estar  aqui, passando por esse mundo, por isso que devemos só plantar coisas bonitas. E então eu escrevi o texto tão esperado....  Quando terminei, mandei um e-mail com o texto, no outro dia me respondeu dizendo que estava show, que só tinha trocado algumas palavras do final, mas o sentido ficou o mesmo.
      Sempre temos planos, mas os planos sempre são adiados, e substituídos por coisas menos importantes, porém temos que tentar mudar nossa posição diante desses questionamentos. Esse ano quero fazer diferente, não só pela Bruna, mas por tantas pessoas que se vão tão jovens, muitas vezes injustamente. Suas vidas são cortadas no auge, você não se prepara para partir, não se despede dos pais, irmãos e amigos. E deixa aquele vazio de sempre, nas pessoas, nas ruas, na cidade e com o tempo você é esquecido. É muito triste o que tem acontecido ultimamente, pessoas se despedindo cedo demais e o que é pior injustamente, mas tenho certeza que a Bruna não será esquecida, no jornal ou no elevador seu nome será evocado.
Quero agradecer muito ao Gabriel pela oportunidade, foi muito enriquecedor, mesmo simples, foi muito legal ter participado desse momento. É bom ver que as coisas estão mudando, elevadores, acesso, precisamos muito disso no nosso dia-a-dia de cadeirante.


Sobre a homenageada:


Bruna Priscila Pfleger viveu apenas 25 anos, mas nos corações daqueles que a conheceram estará viva para sempre. Isso porque a vida dela foi marcada pelo entusiasmo. Além disso, determinação é uma palavra que a descreve bem. Natural de Nova Trento, ela só foi até a Terra de Santa Paulina para nascer em 02 de outubro de 1988, pois sempre amou viver em São João Batista e deixava isso bem claro para quem a perguntasse. Filha de Cecília Pfleger, viveu sempre rodeada de amigos e cresceu ao lado dos avós Pedro João Pfleger e Ademilda Maria Petri, no bairro Tajuba II. Desde o dia 26 de março de 2005, a menina ativa teve que readaptar a vida, devido um acidente de carro, em Tijucas, na SC 410, antiga rodovia SC 411. No perído de nove anos e meio após o acidente, Bruna esteve cinco vezes no Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, onde aproveitou cada oportunidade, pois nunca se imaginou parada em volta de quatro paredes. Ela tinha pavor disso e fica muito preocupada ao saber que algumas pessoas que se tornavam cadeirantes desistiam da vida, e quando acontecia algo com elas, ninguém mais nem lembrava. Mas, como todo ser humano, é claro que para uma adolescente enfrentar a notícia de que dependeria da cadeira para se locomover foi também difícil no início, porém foram questão de dias. Tanto é que no mesmo ano, Bruna seguiu seus estudos e se formou no Ensino Médio, indo ela própria buscar seu diploma. Bruna se despediu da vida em 13 de agosto de 2014, após seis dias de internação no Hospital de Azambuja devido a uma infecção que começou urinária e terminou generalizada. Um dia antes, tranquilizou o próprio coração e o daqueles que a amavam ao relatar que teve uma visão de Nossa Senhora Aparecida, a quem eram muito devota.




Meu texto:



     Hoje escrevo para a menina de sorriso largo e sem espaços em branco, ela soube com maestria preencher seu mundo de quatro rodas, amigos, família, amor, lar e vida. Sim, vida linda, querida, mesmo quando as ruas calçadas pareciam tão distantes do seu ideal, rampas mal projetadas, tudo fora da sua realidade, ela seguia seu trajeto com o sorriso de sempre, contagiando as pessoas que passavam por sua presença. Ela enfrentou, superou, amou, abraçou, sorriu, viveu e nos deixou com saudades imensas e corações apertados.

     Sua vida será sempre lembrada, pois ninguém esquecerá que sua luta também foi nossa e hoje nos deixa seu nome em um elevador para outros cadeirante que como ela buscam respeito e a oportunidade de ir e vir.
      Seu nome será recordado cada vez que o elevador subir, para a estrela lá do céu, sempre brilhar.


Um beijo grande!


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Mais um ano!


Oiii Gente!

Dezembro, meu filho, você chegou depressa hein! E tem mês mais gostoso que esse! Mês de reunir a família, mês das gordices e comilança, das luzes piscando pelas ruas, das férias e das cores. É mês de novos sonhos, novas metas, mês despedidas, a despedida mais bonita, do ano velho que ficou lá atrás,  e receber um ano novinho pela frente. Ah!  Tão gostoso isso, coisas novas para viver e sonhar. E acho que nunca tive tanta vontade de começar um ano novo. E eu tô cheia de vontades, de novos planos, pro blog e também para a vida.. E o  ano de 2014 foi muito especial pra  mim, de verdade, muitas coisas incríveis aconteceram com a lesada que vos fala. Se eu tivesse que listar um arrependimento esse ano, literalmente não teria. Foi um ano muito bem vivido, com as pessoas maravilhosas que conheci, que passaram pela minha vida e mostraram que nem tudo é como a gente pensa. Que cada dia podemos mudar um pouquinho e sempre pra melhor. É, eu estou tentando! Se eu fosse listar 12 acontecimentos dos 12 meses, vocês nem acreditariam com tanta coisa bacana que aconteceu aqui com a minha vidinha pacata de cadeirante. Certamente arrancariam alguns sorrisos e com certeza, muitas gargalhadas, porque vocês sabem que a vida de  cadeirante é um constante aprendizado. Eu cai, levantei, me decepcionei, estudei e até cortei, escrevi, li e reli, e agora estou aqui. Tchau 2014 e obrigada por trazer tantos acontecimentos bons, e que 2015 seja melhor ainda! Uhuuu!

Se seu ano não foi assim tão bom o quanto você esperava, não se preocupe, faça 2015 muito melhor, pois 2014 já está se despedindo, é sua chance. Nada de desperdícios com o que não te faz feliz, seja leve e não se apegue, deixa a vida ser o que ela é para ser, nada de precipitações, é gente, sou um livro de autoajuda ambulante, mas isso serve para todos, incluindo eu. Deixe a vida ser o que há de ser, e tenha certeza que as coisas fluem com muito mais sabor.

Feliz Natal para todos vocês, e também um 2015 cheio de esperança, paz, sonhos e só realizações!

Beijo Enorme!

(Foto: do meu arquivo pessoal)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Ensaio!


Oi Gente!!!

Bom, há alguns meses atrás fui convidada pela Adriana da Impacto Digital para realização de um ensaio fotográfico, e claro que eu aceitei.. A Adriana é uma pessoa muito especial, super bacana, estudamos juntas durante o primeiro ano do ensino médio. Ela me falou que sempre gostou das minhas fotos que eu posto no facebook, que sou muito criativa, com o tênis All Star, a cadeira de rodas, esses componentes que fazem parte da minha vida, que apesar da cadeira de rodas sou uma pessoa pra cima, alto astral. (é muito bom ouvir isso) Eu sei que não sou perfeita e estou muito longe de ser, porém estou tentando melhorar, quem sabe um dia eu consigo, né?  E o tempo passa muito depressa, os anos se vão numa intensidade, e quando se vê já temos trinta anos, é bem isso que eu sinto, entretanto o que importa é o que vivemos, as pessoas que conhecemos e as coisas boas que plantamos. Eu acredito finamente  nisso. E para nós o tempo passou, e hoje a Adriana se tornou fotógrafa e eu cadeirante, então nos encontramos para a realização do ensaio há um mês atrás, e foi um dia muito bacana, mesmo com a areia da praia, a cadeira que às vezes empacava em algum lugar. As fotos ficaram incríveis, adorei o resultado e fiquei muito feliz e agradecida pela oportunidade. Eu penso que todo mundo um dia deveria fazer um ensaio na vida, não é porque você é cadeirante que sua beleza é inexistente, mesmo com a coluna fora do lugar, uma perna fina aqui, um pé torto ali, somos pessoas atraentes e bonitas, só precisamos intensificar a nossa beleza. Sei que às vezes somos muito céticas nesse quesito, mas eu só tenho uma coisa a escrever. Acredite em você, mesmo quando não quiser acreditar, acredite mesmo assim, pois você pode ser o que quiser, é só questão de querer.

Abaixo vai algumas fotos que foram liberadas! :D






















Espero que gostem!

Beijos cadeirantes. :D

sábado, 6 de dezembro de 2014

Mais de 1.500 dias com ela!


Nada mais justo de que uma homenagem. Para ela, é gente é ela sim, minha companheira de todas as seguidas e extravagantes horas. Às vezes tudo é tão automático, que não percebemos o quanto somos dependentes da cadeira de rodas. Parecemos alguma espécie de robôs com quatro rodas, não vivemos sem elas para nos locomover e de alguma forma, talvez até estranha ela faz parte do nosso corpo sem estar propriamente no corpo. Eu sei que é complicado explicar, mas cada cadeirante tem seu jeito peculiar de encarar a cadeira. Alguns com revolta, outros com aceitação, mas o importante mesmo é tentar ser o mais leve possível, a vida é tão curta para nos preocuparmos com apenas quatro rodas e duas pernas inertes. Claro, que vai ter os dias nostálgicos. Aquele momento que você fixa o olhar nas pernas de alguma pessoa e se lembra o quanto isso era libertador pra você. Quando podia, sair andando e correndo sem nenhuma preocupação, que cada seu movimento era tão automático, hoje tudo é tão diferente. Para tentar mover uma perna você precisa de um imenso esforço cerebral, seus pensamentos terão que estar induzidos para aquele movimento, até que, ufa! Consegui levantar a perna, isso quando você ainda tem algum movimento sobrando. Tem horas que você quer virar adolescente novamente e aquele ar de rebeldia, nostalgia. Você só queria sair do carro batendo a porta sem preocupação, porém sua realidade é outra e temos que também alimentar essa realidade com coisas positivas. Vontades ficam guardadas em algum lugar, esquecida e a vida, ah, a vida meu caro leitor, essa segue, sem pedir licença. Você tem que sempre se reinventar e a cadeira de rodas vai estar contigo, onde for. Bom, já se passaram mais de quatro anos que estou com ela, agora uma diferente, mas o sentido da palavra não se modifica. Foi com ela que passei muitos perrengues, passei, senti, amei e até me apaixonei. Subi escadas, desci rampas, até fui carregada com a cadeira e tudo dois lances de escada e na descida quase levei um tombo, com três pessoas me segurando. (risos) Reinventei a minha história de um jeito novo, e cada dia aprendo mais com ela, com as conquistas e mudanças que a vida tem me proporcionado. Mudanças físicas também acontecem diariamente, e o que as pernas não se movimentam, superam nos braços por levar 60 quilos por aí, nessas ruas que não nos ajudam. A cadeira me fez ter um sentido novo na vida, mesmo andando, as muletas não foram boas companheiras, eu sempre tinha o medo de cair, essas preocupações, quebrar uma perna. (Risos) E com a cadeira me deu um sentido novo, mesmo ainda tendo que ter ajuda das pessoas para alguns afazeres, mas com o tempo tudo vai se ajeitando. Como dizem por aí, sozinho a gente não vive, precisamos das outras pessoas para poder viver bem. A cadeira de rodas também se tornou quase uma pessoa, que me leva, que tem o espírito leve, breve e impulsional. Só quero que a minha vida seja impulsionada por ela e que seja bonita, doce, que tenha cheiro de chocolate derretido.  Os 1500 e poucos dias foram vivenciados de uma forma inexplicável, principalmente esse último ano, muitas coisas importantes acontecendo e que os próximos 1.500 dias sejam tão inesquecíveis quanto esses. 

Beijo grande! 

domingo, 16 de novembro de 2014

A lesadice de ser cadeirante!

 
  Eu só quero uma coisa nessa vida! Poder sair como todo mundo, sem preocupações alheias e aquelas acusações familiares.  Tuigue, deixa de  ser louca! Tuigue, você não pode isso, você não pode aquilo. Eu sei que não é levianamente, mas mesmo com limitações queremos nos virar sozinha.  As pessoas sempre estão colocando limites na nossa existência de cadeirante, não  querer e gostar é uma coisa, mas ter vontade própria é bem outra. Só quero poder sair sem preocupação, ir lá, ali, e mais naquele lugar, eu sei que ainda encontramos muitas barreiras, mas sempre se dá um jeitinho quando realmente se deseja alguma coisa. Não preciso que empurre a cadeira, eu tenho braços fortes pra isso, e bem fortes com as minhas sessões de musculação para o tronco e braços, eu ainda me viro bem sozinha e também já sou bem grandinha.  Então, umas semanas atrás fui na casa da minha irmã sozinha, em um domingo de manhã, e notei que essa cadeira eu me canso menos. Estava um dia nublado, os carros passavam pelas ruas e olhavam a cadeirante doida, a vida estava passando e eu também estava ali fazendo meu papel como qualquer pessoa. De repente eu estava passando na frente de uma casa de esquina, e tive que parar para ver se estava vindo carro para passar e ouvi uma conversa que me chamou atenção, até diminuí a velocidade do impulso das minhas rodas. Na situação estavam dois homens adultos sentados na área de uma casa e uma menina que deveria ter 4 ou 5 anos. O pai fala para a filha:
Pai: Olha filha, a menina de rodinhas passando
Filha responde para o pai: Não pai, é uma moça andando de cadeira de rodas.
(risos) Como criança é doce e não tem preconceito, até sorri por dentro, para a menina, a minha situação é corriqueira, ela soube que estava numa cadeira e como todo mundo estava ali.
A rua por onde a lesada passou...

Eu vi que ela chegou mais perto do portão, então abanei pra ela e falei um "oi", e a menina correu pra dentro da casa. A menina doce que soube trocar as rodinhas por cadeira de rodas. Essas situações que passamos na rua, vivenciamos, nos faz acreditar que o mundo ainda tem jeito, não precisa ser perfeito, pode ser meio torto, capengo, mas que seja de um jeito legal. Eu não sou perfeita, tenho tantos defeitos, sou muito crítica, comigo e com os outros, mas estou aprendendo. E é aprendendo que a gente segue, segue pra frente, experimentando, ousando, outros sabores e gostos que a vida nos proporciona. O resto do percurso correu normal, entretanto quando entrei na rua para a casa da minha irmã os cachorros vieram todos para o portão latir, anunciando a minha chegada. (gargalhadas) Até um vira lata que estava deitado em alguma calçada chegou perto da lesada que vos fala e deu alguns latidos, (medo) mas segui meu caminho tranquilamente e ele ficou parado no meio da estrada me olhando. Quando cheguei na casa da minha irmã, fomos  todos de "pé" até o parque. E foi assim, que a cadeira foi testada, sozinha é claro.

Não podia terminar esse post sem algumas fotografias... (risos)





segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ela!


Eu rodo apaixonada por aí, sim, apaixonada por ela. Ela que me aguenta o dia inteiro, minhas neuras, alegrias, sorrisos e felicidades, as maluquices de uma cadeirante. Ela que suporta os dias terríveis, as TPMs e tudo mais. Ela que aguenta os dias menos felizes que a gente tem. Ela que aguenta as pernas cansadas, a coluna torta e também as neuras de uma cadeirante. Ela que se olha no espelho e por nada se acha gorda e por muitas vezes também se acha legal. Tenho saudades imensas dela, das suas maluquices e da quietude que ela também me traz.  Das conversas e daquele chocolate gostoso que sempre está  junto com algum livro ou o computador que ela fica ali pensando no que irá escrever. Gosto do jeito de moleca e também da seriedade quando é preciso. Gosto de saber que mesmo com poucas palavras ela está se transformando em uma pessoa melhor. Gosto de quando ela se arrisca e faz coisas sem pensar. Gosto de pensar na vida e na paz que ela sempre me traz. Gosto de saber que além das rodas existe uma pessoa como outra qualquer sentada na cadeira de rodas. Gosto de quando ela não se preocupa e come aquela pizza com o maior prazer. Gosto de pensar no que se foi, nessa vida de cadeirante e também dos vários momentos que ainda estão por vir. Gosto quando ela assume o papel de ser só ela, apesar das diferenças que a encontra nas ruas, nas calçadas, por onde ela passa. Gosto de pensar na sombra e na timidez que sempre trouxe consigo, a sombra dela sempre será desenhada por rodas, mas não rodas comuns, rodas de uma cadeirante que apesar de todas as consequências e turbulências que o ruído da vida traz consigo, ela se fez diferente. Gosto de pensar nos filmes Franceses que ela tanto ama. Gosto de escutar o seu gosto musical, pois assim sempre serei mais pra ela. Gosto dos livros e dos textos que ela sempre lê, pois seus olhos ainda tem o brilho do primeiro que se apaixonou. Ela me aguenta, me suporta, me irrita, me faz chata e também "praguinha", às vezes ela é tão chata que não sei como suportei  por todos esses anos. Quando ela quer, ela sabe ser irritante, mas ela também tem seu lado doce e meiga como toda e boa pisciana com ascendente em sagitário, ela é mística e gosta de pensar na vida como uma forma natural de si mesma. Sabe? Eu gosto dela, ultimamente ela tem sido uma boa menina, ai penso! Puts, eu amo ela, não porque gosto e também por suportar tudo isso, mas porque preciso. Percebeu? Ela sou eu, eu sou ela, e nós fizemos uma única pessoa. Diferentemente, talvez às vezes não concordo com tudo que passa nesse mundo. Ainda tenho muito o que aprender, aprender a ser, aprender a fazer, mas o necessário é gostar da vida que levamos, da vida que temos e muitas vezes queremos mudar, entretanto há coisas imutáveis, mesmo que o conformismo não faça parte da nossa existência, temos que nos adaptar, claro que a adaptação é sempre para melhor! Eu precisava desse dia, dessas palavras, porque talvez sendo ela, sempre serei eu.



Beijo Grande! 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Rótulos!

As pessoas estão extremamente julgadoras de si mesmas e também das outras pessoas. Encontram rótulos e mais rótulo e em consequência disso entram na onda de se auto rotular. Você é espírita? Porque vai à missa. Você gosta de meninos? E está ficando com a Ana? Viu a Clara, sempre se intitulou santinha e agora bebe cerveja.  E o Gustavo que você ficava ano passado? Vegetariano, mas usa creme anti rugas testada em animais.  Ele é vegetariano? Pode ser vegetariano, macrobiótico, ou só comer peixe uma vez na semana, pode-se tantas coisas. Gosta de meninos e meninas?  Ou só de meninos? Não tem coisa mais ultrapassada que opção sexual. A gente não foi condenada a ser só uma coisa na vida, limitar-se como todo pensamento retrógrado. Rotular é fazer com que uma pessoa e todos os seus sentimentos, ações, qualidades sejam definidos por apenas uma característica. Rótulos são feitos para garrafas, potes de nutella, nós podemos ser mais, não somos feitos para julgar e muito menos comparar. Não somos limitados a uma única coisa, somos feitos para experimentar, ousar, sentir sensações e emoções. Somos pessoas em constante mudança e não apenas garrafas com seus rótulos que não podem mudar sua característica e precisam ficar para sempre assim, daquele jeito, como uma garrafa de vinho. Você vai ser vinho tinto pra vida inteira? Por favor, tem tantas opções de vinho, podemos ser rose, vinho tinto seco e também suave, vinho branco e vinho de uvas tardias. Nunca siga rótulos ou deixe alguém rotular você. Se deixe levar pela emoção, não siga padrões, não deixe que as outras pessoas te critiquem, (mesmo quando for uma crítica construtiva, às vezes você não está com saco), siga seu coração, ouça música alta, coloque um batom vermelho e ouça "Sex Pistols" no último volume, mas se preferir pode ser Pearl Jam mesmo, seja criativa, espontânea, dance, ria muito e tente de novo. Inspire-se, conheça pessoas novas, feche o passado como um livro velho e olhe para frente. Quase sempre dá medo! Arriscar-se novamente, mas acredite, momentos novos nos faz sorrir como se fosse a primeira vez. E nunca mais escreva essa palavra "Rótulo", no sentido de rotular pessoas. Precisamos de mais inspirações e menos rótulos!

Beijo grande! 

sábado, 18 de outubro de 2014

Apenas um nome!


  
   

 Ter um nome diferente há vantagens e também desvantagens. Logo que você conhece alguém, a pessoa sempre pergunta o porquê do nome, e você com toda delicadeza explica-o. Quem mandou ter um nome diferente? Ninguém! Lembro que quando era criança e ia ao médico com meus pais, e as secretárias dos respectivos perguntavam meu nome, e nunca sabiam como escrevê-lo, e eu toda intrometida, logo soletrava T – U – I – G – U – E (e achava o máximo poder soletrar o meu nome.) Mas na verdade eu adoro o meu nome, mesmo sendo estranho, diferente, incomum, talvez também por ser incomum, chata e compulsiva por xícaras (risos)
   
   Vou lhes contar a verdade, como esse nome chegou a pessoa aqui, ops lesada. Minha mãe trabalhava na casa de um casal que na época não eram muito novos, a mulher estava grávida de uma menina. E naquele ano a Modelo Twiggy foi desfilar onde ela morava, mais precisamente em Joinville, e a tal mulher foi ao desfile e minha mãe também, claro. Quando a menina nasceu ela colocou o nome de Tuigue e anos mais tarde, eu nasci e também recebi o mesmo nome. Sempre almejei um nome com significado, do tipo nasceu pra ser amada. No meu caso, nasci pra ser um graveto (risos), pois twigs é graveto. Isso eu invejo dos outros nomes. Sempre gostei de significados, e acredito em acontecimentos incomuns, nada nessa vida acontece por acaso, tudo tem um sentido de ser. 
      Então agora vou contar a história da modelo Twiggy, que na verdade se chama Lesley Lawson, nascida em Londres, setembro de 1949, é uma modelo, atriz e cantora britânica. Considerada uma das primeiras supermodelos do mundo, sua imagem quase andrógina, macérrima, pequena, com cabelos loiros muito curtos e imensos olhos realçados com camadas de rímel e cílios postiços, a tornaram um ícone da moda e de estilo dos anos 60. Filha de um mestre de carpinteiro e de uma balconista nas lojas Woolworth, ela estudou na Kilbum High School of Girls e começou a carreira de modelo aos 15 anos, em 1964. Sua aparência adolescente, muito magra, lhe rendeu o apelido “Twigs” (graveto) o que levou ao apelido que a tornaria famosa mundialmente, Twiggy, que a dona achava ridículo. Em 1970, com apenas 21 anos, menos de 5 anos de carreira e no auge da fama, Twiggy encerrou precocemente sua carreira, como a mesma falou em uma entrevista, “ninguém pode ser um cabide de roupas para sempre”, depois dedicou-se a carreira de cantora e atriz. Aos 56 anos, ela voltou à moda para desfilar, filmar e fotografas a coleção da grande cadeia de lojas de roupas Mark&Spencer. Sua participação nesta campanha fez com que a imprensa britânica a creditasse como responsável pelo nascimento da marca. Twiggy Lawnson ainda vive e lançou uma marca de roupas com seu nome.

   
  Bom, não sou nada comparada a ela, um ícone dos anos 60 que até hoje é lembrada por muita gente. Sou só uma “relis” cadeirante, “fodida” (desculpa a palavra, mas às vezes é preciso), famosa e feliz. (risos) Fodida, por ser minha condição de cadeirante e a máquina que levo todo dia por onde vou, estar com as engrenagens um pouco gastas, famosa, bom isso é muito relativo, você pode ser famosa por muitas coisas, por reconhecimento do seu trabalho e esforço, por plantar o bem por onde passa, por fazer algo que realmente vale a pena nessa vida, e penso que há muitas contingências, talvez o blog traz algo de legal, de bom para minha vida. Bom, agora falta ser feliz, eu acho, não, eu tenho certeza que eu sou uma menina, garota, pessoa, mulher feliz, que a vida nos traz uma gama de possibilidades e cabe a nós filtrarmos os momentos bons e ruins, é só deixar entrar em nosso coração a felicidade. 

E essa sou eu, Tuigue!

Beijo grande! 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Nunca é tarde!

       
Sabe aquela expressão: "Nunca é tarde", eu acredito finamente nela. E penso que quando se quer realmente alguma coisa temos que seguir essa expressão ao pé da letra. Pois bem, foi isso que eu fiz, no começo do ano, recomecei a estudar por uma faculdade a distância. Já sei, você vai falar: A distância não é boa, ninguém aprende nada, a distância não vale. Mas quem faz a faculdade é o aluno, e estou aprendendo muitas coisas legais e importantes que antes não teria a miníma importância e valor. E quem faz Faculdade a Distância, sabe que a disciplina é um dos primeiros tópicos que temos que enfrentar, se você não estuda, simplesmente você não passa, é simples e reto. No meio do ano todas as turmas de Pedagogia da faculdade se encontram para uma confraternização, algumas meninas faltaram, mas o que notei é que eu era a única com alguma deficiência física ali naquela turma. Se não me engano, são quatro turmas de Pedagogia, fora os outros cursos. O lugar onde se encontra o Polo Presencial é meio apertado, mas tem rampa e o mais importante existe banheiro adaptado. Muitos cadeirantes não se aventuram a estudar por falta de acessibilidade, felizmente isso tem mudado muito e a vida sobre rodas está cada dia mais fácil, mas ainda existe muito déficit na questão do acesso por aí. Outra coisa muito bacana foi a receptividade das meninas, pena que muitas já desistiram. É uma turma divertida, onde o aprendizado está cada dia mais presente, não só aprendemos as disciplinas, mas umas com as outras. A nossa turma é um misto de culturas e pessoas lindas...  Tem a risonha, a doida, a gordinha, a magrinha e também cadeirante, aquela que usa óculos, a alta, a baixa, a negra e também a branquinha, tema loira e a morena, a feliz e a que vive no mundo, cada uma com suas adequações e diferenciações, temos a mesma ideia, filosofia, ideologia, só queremos um mundo melhor para as nossas crianças. E que todas as culturas se juntem, e num só mundo todos podemos viver sem preconceitos, sem diferenciações, pois o diferente também faz parte da vida, da nossa vida, e que cada uma ensine a outra um modo de ver a vida diferente. Um grande sábio já dizia: "As pessoas que passam pela nossa vida nunca vão ou nos deixam só... Pois, levam um pouquinho da gente e deixam um pouquinho de si."  Além de conhecimento, adquiri amigos, sim, pessoas queridas que sempre deixam algo doce pelo ar, que não conseguimos pegar com as  mãos, mas conseguimos sentir. Obrigada por compartilhar um pouco da minha vida com vocês e também a de vocês comigo. E feliz dia das crianças... Êêêêêê...

Beijo estalado na bochecha!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Ventus!

                                                                 



Quem me acompanha pelas redes sociais,  Instagram e Facebook, sabe que há um mês e meio troquei de Cadeira de rodas. Bom, foi uma caminho duro e árduo até escolher uma cadeira de rodas boa e  com um preço acessível, (se é que posso falar que o preço seja acessível). Optei por uma importada, OttoBock, fabricada na Alemanha entre tantos modelos, escolhi a Ventus. A cadeira é um pouco mais leve do que a M3, e  também  mais rígida, não faz barulho, por que a outra já estava parecendo quase uma carroça velha.  Estou notando que ela é mais segura, até na questão de empinar, já empinei algumas vezes e até agora não tive tombos, por ser mais leve qualquer movimento com a coluna para trás ela já está empinando, custei a acostumar com isso. Mandei fazer 2 cm mais baixa que a M3, por questão de acomodação das pernas, eu achei que ficou melhor, também diminuiu o tamanho do assento da cadeira, antes usava uma 38 cm de largura  X 44 cm de profundidade, agora com a Ventus, uso 36 cm X 40 cm, deu uma diferença boa, mas ficou mais confortável para a cadeirante aqui.
       

Também aumentei a altura do encosto, antes de 30 cm, agora foi para 32,5 cm, achei o encosto bem confortável assim, as dores musculares até diminuíram, e a minha coluna fica bem encostada, acho que deve isso pela diminuição do comprimento do assento. Achei também que as pernas ficam mais descansadas. Já saí com ela pelas ruas e a mesma se mostrou com um desempenho superior a M3. Quando impulsiono o aro ela vai longe, mantendo o equilíbrio da minha coluna e postura Uma das coisas que não gostei muito na cadeira foi o apoio dos pés, achei pequeno, e também muito inclinado, por eu ainda ter movimentos na perna direita, o pé fica caindo do apoio, mas é só questão de costume, logo,logo darei um jeito nisso. Claro que faz muito pouco tempo, e  só vou ver o desempenho da cadeira com o passar dos dias, meses. A cadeira é um fator muito importante na nossa vida de cadeirante, ela deve ser leve, confortável, pois é a mesma que vai te dar o apoio para te levar onde você quiser  Mas no geral é uma cadeira boa, comparado o valor de algumas cadeiras importadas. Fiquei triste por que não poderei colar meu adesivo de borboletas no encosto da cadeira, quem sabe mais tarde faço uma tatuagem das borboletas na minha pele. (risos) Sou uma péssima influência, viu gente!
      A minha primeira cadeira eu doei, (uma TokLeve em X),  que usava esporadicamente na época que a lesada que lhe escreve era muletante, espero que a pessoa que recebeu seja bem feliz com ela.  A M3 ainda não sei o  que vou fazer, é sempre bom ter uma cadeira de reserva, nunca se sabe o que pode acontecer. Vou ficar mais um tempo com ela e depois vou ver o que faço com a mesma. 



Beijos cadeirantes! 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Playlist!



Bom, nada melhor do que começar a semana com música boa. Fiz uma playlist diversificada, espero que vocês gostem... Quem quiser mandar sugestões, estou aceitando...

Música também é vida.

1- Pose (anos 90) - Engenheiros do Hawaii
2- Flores - Titãs
3- Perdendo os dentes - Pato Fu
4- There  is a light that never goes out - The Smiths
5- The Dance - Renato Russo
6- Wonderwal - Oasis
7- November Rain - Guns N' Roses
8- Daughter - Pearl Jam
9 - Garotos II (O outo lado) - Leoni
10- Outra noite que se vai - Armadinho

É só CLICAR AQUI e curtir...

Beijo grande!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Escrever...


    Dizem que escrever é quase sempre, um ato solitário. E eu concordo, temos um inferno dentro de nós que transcende em palavras. O que seria da gente sem as palavras e sentimentos dos outros. Já imaginou um mundo sem livros, palavras, textos, simplesmente não teria sentido. Para falar a verdade nunca me imaginei escrevendo, primeiro no blog e agora aqui: uma coluna que posso chamar de minha.  Muitas coisas doces aconteceram depois de colocar tudo que sinto e vejo por aí, nesse espaço. Eu sei que vocês devem estar pensando que ultimamente meus textos tem tomado um rumo diferente, a deficiência não está tão presente como antes. Ela tem deixado um pouco a desejar. Talvez porque no momento não seja tão importante na minha vida, ela está relaxada, ali naquele canto, um pouco escondida. Talvez ela tenha se tornado inerente na minha vida, no entanto a mesma não é tão importante quanto ser eu. 

     Escrevo para poder me libertar, amar, e também transmitir minhas ideias.  Isso quer dizer que eu não penso em agradar aqueles que irão ler. Posso escrever para o público ideal, ou para mim, existe uma obsessão em escrever, mesmo que ninguém leia, mas só o prazer de colocar minhas ideias em um papel já me satisfaz.  O escritor tem fome de escrever aquilo que o tormenta. Nunca imaginei que alguém lesse o que escrevo, mas sempre há pessoas que se identificam com a sua história. Assim é a vida: uma amontoado de histórias sem cronologia nem direção.

Dizem que alguns escritores se tornam românticos, depressivos ou obsessivos, acho que meu perfil se diferencia desses mitos que nós construímos. Eu nem imagino qual perfil me encaixo, só sei que sou um pouco louca, tenho ideias diferentes, penso em um mundo um pouco melhor, não só para as pessoas deficientes, e sim para nós todos.

        Todo ser humano é perfeito em sua imperfeição, temos falhas e muitas, angústias que vivem nos atormentando, faz parte da vida moderna, onde não paramos um segundo, tudo gira numa velocidade que quando vê, nem acredita que o ano passou num piscar de olhos.  Há muita vida nessas letras, palavras, que tornam livros, textos, poesias. Existe uma grande diferença em escrever e ser lido: escrever pode-se adjetivar como uma arte, e toda arte é um pouco solitária. Há pessoas que tem o dom, há outras que estudam, se esforçam para tentar serem um pouco óbvias nas suas escritas. E ser lido, isso sim, você sente que sua palavra tem sentido pra alguém. Pessoas que se identificam, isso é o grande objetivo de qualquer escritor: ser reconhecido por suas palavras.

Realmente, não sei o porquê escrevo e agora tenho me esforçado mais, ou as palavras tem surgido tão facilmente que às vezes me espanto.  Nesse momento que estou vivendo, talvez seja o melhor da minha vida; e só quero uma coisa: continuar escrevendo.

Beijo Grande





segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Por uma vida sem make.


Oi gente!

A última do momento é o desafio, mais especificamente o desafio sem make (maquiagem), eu penso que isso é uma babaquice. Como se fossemos medidos pela beleza de um rosto. Cada um é o que é, com seus defeitos, sua simplicidade. Somos seres únicos, diferenciados uns dos outros e cada um de nós tem uma beleza única, que ninguém mais vai ter igual. Nenhum filtro ou maquiagem vai os fazer mais ou menos bonitos, somos o que somos e ninguém vai mudar isso.  O pior são as críticas desse desafio, algumas meninas ficam criticando as outras, que não acredita que seja ela sem maquiagem ou filtro, que a outra está burlando o desafio. Muitas meninas  apoiaram, algumas desafiaram, outras exageraram, demais. Tantos acontecimentos em prol de nada. Até me desafiaram, e eu por respeito aceitei, mas não sou adepta a maquiagem, tenho falhas em meu rosto que ninguém vai ter igual, e essa sou eu, sem tirar nem pôr, manchas de espinhas, olheiras, algumas rugas, minhas sobrancelhas grossas que sempre estão desarrumadas, meu nariz torto, e minhas covinhas que se mostram quando a lesada aqui sorri. E sabe de uma coisa, não precisa ser bonita, muito menos  perfeita, seja você da melhor forma que você encontrar, seja você por dentro, onde ninguém vai te encontrar ou julgar. Seja mais capaz de olhar pra dentro que por fora. Não precisamos de batom, blush, rímel, corretivo para tentar ser o que não somos, muita gente tenta ser uma pessoa que não é e isso acaba prejudicando. Somos todos iguais, apesar de ser utopia, a recíproca é verdadeira. Sabe o que esse movimento de "Desafio" mostrou? Foi pobreza, somos pobres de espirito e ficamos apegados a imagem "bonita", queremos ser iguais a moça da capa de revista, como atriz de cinema, queremos ser perfeitas como elas são, ilusão, nem elas parecem perfeitas, imagina nós, pobres mortais. Prefiro está aqui embaixo.  Se conselho fosse bom, ninguém daria de graça, mas eu os dou, pois eu aprendi muitas coisas nessa vida de cadeirante: O primeiro deles, não leiam revistas de beleza, você não está gorda, você está legal e com tudo em cima, você não é feia, só é diferente das outras pessoas, uma beleza única. Troque beleza e maquiagem por poesia, esperança e amor. Isso é o que nos falta e raramente as pessoas sentem a ausência do que não é capaz de sentir.  Tanta gente anda de um lado para o outro levando uma vida sem sentido, uma vida que não gostaria de ter. Tire a maquiagem no rosto e ande de cara limpa, talvez o sentido seja esse, sentir mais a vida e deixar a maquiagem de lado. Talvez as olheiras façam a gente mais feliz e realizada do que quilos de make na cara.

Por uma vida mais feliz e sem máscaras!

Beijo grande!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Colocando o tênis sentada na cadeira de rodas...


Oi gente!

Então, hoje resolvi fazer um vídeo de como coloco os tênis sentada na minha cadeira de rodas... Eu estava um pouco nervosa (risos). E a minha câmera não ajudou muito, mas o resultado ficou bacana, pra quem pediu está aí o resultado. Espero que gostem...





Beijo grande!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Não troco likes nem sigo de volta!

   Sabe mesmo o que eu quero? Quero postar foto sem filtro, do mar, do céu e da areia da praia, dos meus pés e all star, das pernas finas, das quatro rodas que seguem a minha vida, de cadeiras de rodas e de caminhos percorridos, do livro que estou lendo, do cachorro fofo, da vida em sua forma fotográfica. 
    Não me importo se você acha legal ou cafona, vou colocar aquela legenda de autoajuda de um livro que estou lendo e  por acaso marquei com a caneta para não esquecer. O que é mais legal nessa vida é ser espontânea, não importa pra onde você vai, o que vai trazer, pois a vida é uma viagem sem volta e ontem já foi, esse minuto que estou escrevendo nunca mais irá voltar. Eu quero deixar alguma coisa boa nesse mundo, ser lembrada de algo legal que fiz nessa vida. Quero sair sem rumo, tirar fotos de caminhos, carros que passam, selfies no meio da rua, com muita gente e também sozinha. Que o lance seja o lance mais bacana da vida, sem tréguas, sem loucuras e vidas sozinhas. Não vou curtir todo mundo e nem seguir todo mundo, não importo se você me acha legal ou clichê. Quero ser eu, com meus cafés, livros e palavras que só eu entendo.  Prefiro me orgulhar das minhas raras e boas fotos do que me matar para que sejam curtidas como forma de desespero. Quero que a espontaneidade seja a forma mais leal de ser eu mesma. Seja cafona, seja clichê, seja louca, seja ruim, seja rara, o que importa é ser realmente você.  E um brinde a nós, e a nossa forma única de levar a vida.


Beijo grande!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A doida!

      
    Como vocês sabem sou apaixonada por tatuagem, se fosse por mim já estaria toda marcadinha como um gibi. Mas como toda boa pisciana sou um pouco indecisa, fico pesquisando e analisando as possibilidades, os desenhos que vou tatuar e seus significados. Eu adoro uma tatuagem nova, traz lembranças boas do passado, e cada uma que tenho no meu corpo conta um pouquinho da minha  história nesse mundo. Penso que a tatuagem seja um tipo de gesto inspirador, como um livro ou diário, onde deixamos desenhos, recados, poesias, coisas que fazem parte da nossa vida, só que nesse caso é um pouco diferente, é marcado na pele e simplesmente deixa para sempre uma marca que você nunca quer apagar da sua vida. Eu me inspiro com as tatuagens das outras pessoas e assim também sou inspirada. É, eu sei um pouco filosófico demais para apenas uma marca na pele. Fazer uma nova tatuagem é como partir para uma nova fase da vida. Eu gosto disso e desse sentimento que ela transmite em mim. 
       Falar que as pessoas tatuadas não sofrem preconceito, isso é utopia. Quando falo para qualquer pessoa que fiz mais uma. Elas logo respondem.
-Agora chega, né Tuigue? Ainda devo dizer que sou chamada de “doida”. Será que ser diferente é também ser um pouco maluca, doida, - pode ser.
Até que não são muitas, foram quatro até agora, e devo dizer que cada uma foi escolhida de uma maneira especial. Haha
Putz, para falar a verdade amei essa última, que é uma frase nas costas em latim "Alis volat propriis", que quer dizer "Voe com suas próprias asas", pois já que perdi as minhas borboletas na cadeira, de alguma maneira elas teriam que ficar comigo, pois essa cadeira o encosto não é de metal, e assim fica difícil colar algum adesivo. Nada mais justo que gravar na pele.














Espero que vocês gostem das fotos.. (risos) Tatuagens antigas e novas... Não importa o que os outros falam e pensam de você, o importante é ser sempre feliz, independente das escolhas que fizemos nessa  vida.

Beijo grande! 

domingo, 10 de agosto de 2014

Momentos!


Acredito que a vida seja feita de momentos. Momentos felizes e aqueles momentos não tão felizes. Momentos que ainda estão por vir, momentos que você ainda não viveu e que não irá viver. Se eu fosse escolher de todos esses momentos feitos em uma vida, escolheria um momento que nunca irei mais viver. Andar. Eu já andei até vinte e poucos anos, mas queria saber como seria agora, como eu seria sem nenhuma deficiência existente. Como eu seria no papel de andante, o que ela pensaria, como agiria, como seria verdadeiramente? São muitas perguntas sem respostas, mas sou feliz com as escolhas que fiz, com as pessoas que conheci, com os amores que tive. Cada momento que tive foi muito válido e muito vivido, entretanto são sonhos que a realidade não pode satisfazer. 

Não sou pessimista, porém tenho os pés no pedal da minha cadeira e a realidade é muito outra. Só você sentindo esse mundo cadeirante que vai perceber que a melhor escolha é tocar as rodas para frente do que esperar uma cura milagrosa. A vida é feita de sonhos, de palavras que se juntam no meio de uma madrugada fria e sem sono. É desse tipo de momentos que criamos momentos que não estão escritos no nosso futuro, no entanto estão escritos no nosso pensamento.

Então imagine um dia que você poderá viver de uma forma totalmente diferente. Eu escolheria a minha idade, o mês de janeiro, a estação verão e o dia mais lindo de sol que existe nesse mundo. Eu acordaria cedo, sentada na cama já sinto o chão frio do piso, meus pés magros, e, de repente, meu corpo se ergue e eu me levanto, vou até o banheiro, entro, ligo chuveiro e sinto a água quente bater contra meu corpo, sinto a água escorrendo pelas minhas entranhas e não preciso colocar mais quente, pois estou de pé. Coloco uma roupa confortável, pego a bolsa, coloco protetor solar, óculos de sol, livro, caderno, caneta e todas essas coisas necessárias para um dia. Pego a bolsa, e sem precisar dar satisfação a ninguém, saio de pé, sinto meus pés pelas calçadas das ruas, sinto o sol queimando a minha pele, sinto o vento fresco do dia que só está começando. Eu ando em uma rua ensolarada com árvores e bancos. Sento em um dos bancos, pego meu caderno e faço algumas anotações. Leio um pouco e fico observando as pessoas passarem e me olharem.  Levanto dali novamente e caminho pela rua linda, cheia de cores, cheiros e momentos novos. 

Eu ando sem parar, me sinto livre, até começo a girar com os braços abertos. As pessoas que passam por mim, olham e continuam seus caminhos. Mas elas não sabem o quanto sou feliz, e aquele momento único está acontecendo. 

Recebo a ligação de alguém especial e marcamos de almoçar juntos. Chego até o lugar que marcamos, e ele já está a minha espera. O mesmo comenta como estou bem. Almoçamos juntos e, depois, saímos para conversar sobre nossas poesias, nossas palavras. Visitamos alguns lugares com muitas escadarias, até sentamos na escada e ficamos observando à tarde, enquanto conversamos de tudo e qualquer assunto, livros, músicas, vinhos, política e até futebol.  Tomamos sorvete de chocolate, enquanto a tarde passa por nossos olhares. 

Então, ele me convida e vamos à praia e sentamos na areia, ficamos observando a beleza desse pôr do sol e único, pois não haverá mais nenhum igual. Tiro os sapatos e empurro a areia com os pés. Corremos até a água e tomamos banho de mar. Sinto a água salgada tomar conta do meu corpo e gosto da ideia de sentir tudo aquilo. Só quero que aquele dia não acabe. Quero sentir tudo novamente, aquele dia simples de um dia como qualquer outro. Sentamos na areia novamente para esperar a roupa secar. Falo pra ele o quanto estou feliz, e discutimos nossas filosofias sobre o mundo e a questão da felicidade. Depois, voltamos para casa, pois o dia já está no final, e amanhã não serei mais uma andante. Antes de adormecer, irei sentir tudo o que vivi naquele dia, sons, cheiros, toques, ventos, sol, o janeiro mais interessante da minha vida. 



sábado, 9 de agosto de 2014

Diálogo!

Oi!
Oi, tudo bem?
Quem é você?
Eu sou a Tuigue de 33 anos E tenho alguns recados pra você!
Nossa, eu sou a Tuigue de 25 anos.
 Tuigue 33 -Eu sei quem é você, eu viajei no tempo para poder te contar tudo o que vai acontecer com você.
Tuigue 25- Nossa, como você é legal!
Tuigue 33- Você nem imagina... rsrrs
Tuigue 25 - Pode começando
Tuigue 33 - Tá bom... Você tá gostando da vida que você tem, usando muletas?
Tuigue 25 - Não é bem o que eu queria, mas vou levando, tá legal...
Tuigue 33 - Bom, você vai usar uma cadeira vermelha
Tuigue 25 - Pra que vou querer uma cadeira e vermelha?
Tuigue 33- Mas é uma cadeira de rodas
Tuigue 25 - Nossa, você é tão legal, viaja no tempo e logo de cara me dá uma notícia dessas
Tuigue 33 - Calma, você vai gostar, confie em mim. E com ela você vai viver muitos momentos memoráveis.
Tuigue 25 – Estou confiando! hahaha
Tuigue 33- Você vai ter um blog e escrever suas experiências nele...
Tuigue 25- Eu não sei escrever...
Tuigue 33- Você vai aprender. E tem mais, o blog vai ser conhecido, você vai ter três ou quatro leitores.
Tuigue 25-  Estou chocada! Quanta notícia
Tuigue 33- E você vai conhecer muita gente legal, amar pessoas... Amar 1, 2, 3...
Tuigue 25 - Bah! Será que não dá de encontrar o grande amor e ficar com ele, sempre sonhei com isso... :D
Tuigue 33- Não, você é chata, esqueceu? E pessoas chatas sabem como são, demoram para amar de verdade, e esquecer também. (risos) Talvez um dia, tenho certeza que isso vai acontecer...
Tuigue 25 -  Ufa! Tinha esquecido completamente desse detalhe.
Tuigue 33- Mas você irá viver muitos momentos calientes
Tuigue 25 - Gostei dessa parte: "Momentos calientes"
Tuigue 33 - Você nem imagina quanta coisa vai acontecer com você. Irão subir escadas com você no colo, e até arrancar porta por sua causa.
Tuigue 25- Nossa, choquei!
Tuigue 33 - Entre outras coisas mais, porém não posso revelar tudo, pois não teria graça de você saber todo o seu futuro. 
Tuigue 25 - Fala mais! Fiquei interessada.
Tuigue 33 - Gostou né, sua louca.
Tuigue 25 - Claro!
Tuigue 33 _ Você vai ser uma cadeirante doida, escrever, você vai se dar bem na vida de cadeira de rodas. Vai sorrir, fazer amigos, perder alguns por sua situação de cadeirante, vai ler livros lindos... Ouvir muita música... Ah, você vai entrar para a faculdade e gostar de filosofia!
Tuigue 25- Não brinca!
Tuigue 33- Verdade, você vai amar filosofia...
Tuigue 25- Fiquei rosa como as muletas. KKKKK
Tuigue 33- Melhor ficar vermelha como a cadeira... rsrsrs Você vai conhecer muitas pessoas com dificuldades como a sua, cadeirantes, tetraplégicos, muletantes e cada um deles vai fazer a diferença na sua vida trocando experiências, aprendendo e ensinando. Porque essa gente também é gente como a gente. Você vai aprender muito com essas pessoas, assim poderá ser uma pessoa melhor, pois você é muito chata, sua chatice vai diminuindo e você até vai se tornar uma pessoa legal.
Tuigue 25 - Gostei da parte que vou me tornar uma pessoa legal.
Tuigue 33 - É, o meu tempo se esgotou e agora tenho que te dar adeus, a gente se encontra em 2014, vê se capricha e viva, sua louca. 
Tuigue 25 - Putz, obrigada pelas dicas, pode deixar que eu vou fazer de tudo para acertar. Se bem que a vida não tem certo ou errado, a gente faz escolhas e arca com as consequências e qualquer das escolhas que fazemos temos a intenção de sempre acertar. 
Tuigue 33 - É, você tem toda razão. Menina esperta! Agora tenho que ir mesmo. Tchau e boa sorte.


Esse texto só foi um jeito bem humorado de falar da vida e das nossas escolhas, como elas refletem no nosso futuro. Sempre temos medos, anseios, dificuldades, mas é enfrentando tudo isso que você vai se tornar uma pessoa melhor. Eu tive medo de ser cadeirante, de sair na rua, de como as pessoas iriam me olhar, tive medo de tantas coisas. Mas depois percebi que nada disso importava, se você quer ser você mesmo, não importa quem te olhe, ou julgue, e é colocando a cara na rua que você vai conseguir ser uma pessoa melhor. Isso eu tenho certeza! Muito bom enfrentar seus medos! Agora tenho que enfrentar outro desafio, que em uma próxima postagem contarei pra vocês. 

Beijos enormes! 




terça-feira, 29 de julho de 2014

Cadeira


Ultimamente me vejo deitada
Um corpo jogado
Atrás de vestes pintadas
Não sou luz, nem sol, nem lua
Apenas uma cadeira vazia.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Post de férias! (Sessão Pipoca)

Oi gente!

Como muita gente está de férias, resolvi fazer uma lista com alguns filmes que já assisti e que achei interessante e vou dividir aqui com vocês os meus preferidos. Tem quem pense que eu só goste de filmes franceses por seu romantismo, mas eu curto todos os tipo de filmes, viu! haha
Na lista que preparei todos tem algum personagem com alguma deficiência.

1- O escafandro e a borboleta (filme francês, rs)



Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória. 

Minha opinião: Mais um filme lindo, uma mente sadia presa em um corpo que não se mexe. É simplesmente tocante. Aposto que vocês irão amar.


2- As Sessões 


Mark O'Brien (John Hawkes) é um escritor e poeta que, ainda criança, contraiu poliomielite. Devido à doença ele perdeu os movimentos do corpo, com exceção da cabeça, e precisa passar boa parte do dia dentro de um aparelho apelidado de "pulmão de aço". Mark passa os dias entre o trabalho e as visitas à igreja, onde conversa com o padre Brendan (William H. Macy), seu amigo pessoal. Sentindo-se incompleto por desconhecer o sexo, Mark passa a frequentar uma terapeuta sexual. Ela lhe indica os serviços de Cheryl Cohen Greene (Helen Hunt), uma especialista em exercícios de consciência corporal, que o inicia no sexo.
Minha opinião: Ah, esse filme é irresistível e interessante, também tem algumas partes engraçadas, mas a história é tão bonita, mesmo que algumas pessoas não concordam com esse tipo de comportamento... Eu penso que é super válido essas descobertas, ter o direito de transar, fazer sexo, amor independente da palavra que você usará... Haha 

3- Intocáveis (Francês, rs) 


Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.

Minha opinião: Tá preparado (a)? Esse filme é pra quem quer se emocionar, rir e se divertir de verdade. Por isso que sou apaixonada por filmes franceses. hahahaha 

4- Mar adentro 


Ramón Sampedro (Javier Bardem) é um homem que luta para ter o direito de pôr fim à sua própria vida. Na juventude ele sofreu um acidente, que o deixou tetraplégico e preso a uma cama por 28 anos. Lúcido e extremamente inteligente, Ramón decide lutar na justiça pelo direito de decidir sobre sua própria vida, o que lhe gera problemas com a igreja, a sociedade e até mesmo seus familiares.

Minha opinião: Ah, eu sou literalmente apaixonada por esse filme, o lugar do filme é lindo e a história também,  não há palavras para explicar o quando esse filme me emociona. Também Javier vive tipo de um romance com sua advogada, que depois também adquiri uma doença que a deixa na cadeira de rodas. É lindooooo. Ah, mais um detalhe, Javier escreve super bem. hahaha 


5 - Carne Trêmula 


Madri, janeiro de 1970. Uma prostituta tem um filho em ônibus, quando tentava chegar na maternidade, e ali mesmo lhe dá o nome de Victor. Após vinte anos, Victor (Liberto Rabal) um homem, que está começando sua vida adulta e tenta se encontrar com Elena (Francesca Neri), uma desconhecida, que uma semana antes teve relações sexuais com ele dentro de um banheiro. Quando telefona, ela não tem idéia de quem ele e mesmo dizendo, ela pede que ele não ligue mais. Apesar deste corte, ele não desanima e consegue ir até o prédio dela. Pensando ser outra pessoa, ela abre a porta através do porteiro eletrônico, mas quando o vê fica bastante irritada, pois para ela foi uma transa, quando estava "doida", mas para Victor foi a primeira vez. Ela decide expulsá-lo, ameaçando-o com uma arma. Os dois brigam e acontece um tiro acidental, que não fere ninguém, mas chama a atenção de uma vizinha, que alerta a polícia e para lá são mandados David (Javier Bardem) e Sancho (José Sancho). Ao ver os dois policiais, Victor se apavora e chega a ameaçar Elena, colocando o revólver em sua cabeça. Enquanto David tenta acalmar a situação, Sancho está exaltado e faz ameaças. Quando Victor solta Helena, parece, que tudo vai se acalmar, mas Sancho pula em cima dele e os dois começam a brigar e novamente a arma dispara, mas desta vez a bala atinge David, que fica paralítico. Ele condenado há seis anos, David e Elena se casam e Sancho e Clara (Ángela Molina), sua esposa, tem um casamento infeliz. Quando Victor posto em liberdade, ele herda 150 mil pesetas da mãe, que morreu de câncer. Ao ir visitar seu túmulo, repara que o pai de Elena está sendo ent. Ele se aproxima como se fosse um amigo da família e, ao dar os pêsames, fala discretamente para Elena que gosta muito dela. Quando todos tinham ido embora e só Victor ficara no local, chega Clara, que se perdera. Os dois começam a conversar e em pouco tempo se tornam amantes. Este o primeiro passo para que o caminho de todos os cinco se cruzem.

Minha opinião: Ah, Almodóvar e seus roteiros controversos, o filme é lindo, vale a pena assistir! 

6- A minha canção de amor


Jane (Renée Zellweger) é uma cantora que perde a vontade de viver após sofrer um acidente e ficar paraplégica. Seu filho entra em contato para convidá-la para sua primeira comunhão e Joey (Forest Whitaker), seu melhor amigo, inventa uma mentira e a convence a cruzar os Estados Unidos para rever o menino.

Minha opinião: Esse filme é simplesmente emocionante, adoro a música do filme e o roteiro, aqueles filmes que te deixa com água nos olhos e esperança no coração, adoro a Renée e sua postura da personagem, diante da vida de uma cadeirante. 

7- Frida Kahlo
Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ele teve um agitado casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky (Geoffrey Rush), além de várias outras mulheres.
Minha opinião: Não tenho palavras pra descrevê-la, eu amo Frida, seu jeito, suas ideias e seu amor pela pintura e por Diego Rivera. Ela é linda em qualquer situação, ela nos trás um mundo diferente de que estamos acostumados, sua doença que vai progredindo, sua dor cada vez mais forte e mesmo assim ela não deixa de pintar. Vale a cada minuto desse filme, lindo.

8- Meu pé esquerdo ela
Christy Brown (Daniel Day-Lewis), filho de uma humilde família irlandesa, nasce com uma paralisia cerebral que lhe tira todos os movimentos do corpo, com a exceção do pé esquerdo. Com o controle deste único membro ele torna-se escritor e pintor.
Minha opinião: Esse filme não tem palavras que possa descrever, ele é doce, agressivo, subversivo, mas ao mesmo tempo ele nos trás aqueles sentimentos guardados que quando se acredita, você pode ser o que quiser. Uma sensibilidade irritante. 

9 - Hoje eu quero voltar sozinho

Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe super protetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
Minha opinião: Esse filme é brasileiro e o melhor, sabe aqueles filmes fofos que te deixam emocionada acreditando que o mundo é um lugar bom de se viver, que há pessoas legais e muito amor. Prepare-se, você vai se emocionar. Vale muito a pena assistir! :D 

Prepare a pipoca, muitas almofadas e bom filme! ;)

Beijo grande!